sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Economia e Negócios

Economia e Negócios
Matéria do Jornal da Paraíba

Quilo do arroz sobe quase 40% em JP

Preço do cereal atinge R$ 2,50 no Mercado Central.

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Depois das fortes altas nos preços do feijão e do frango, chegou a vez do arroz começar a pesar no bolso dos paraibanos. Em supermercados e feiras da capital, o aumento do produto chegou perto dos 40%, impulsionada pela seca no Nordeste e pelas constantes chuvas em outras regiões do país. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra deve retrair 14% este ano.
No Mercado Central de João Pessoa, o quilo do arroz que, em algumas vendas custava de R$ 1,80 a R$ 2,00 e, setembro, chega até R$ 2,50 (variação de 38,8%). “Compro arroz do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul. Como as chuvas estão fortes por lá, a saca de 30 kg está bem mais cara, saindo por R$ 62,00”, contou o vendedor Roberto Rodrigues, que antes comprava a mercadoria por R$ 51,00 (alta de 21,15%).
Já o comerciante Josiberto Freire teve de elevar em 29,4% o preço do quilo do arroz, que hoje está por R$ 2,20. “Acho que isso aconteceu mais porque os fornecedores aproveitam o fim do ano para lucrar mais. Isso costuma ocorrer nesse período”, disse. Lá, o encarecimento dos cereais em geral está desagradando os consumidores. “O problema é que tudo subiu, menos o salário”, brincou o vendedor.
Para o presidente da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB), Cícero Bernardo, a alta constatada desde setembro já era esperada, uma vez que o governo retirou os subsídios que custeavam o arroz. “Houve um pouco de recuo nas vendas no final do mês passado, mas isso já está se normalizando. Acredito que os valores irão se manter nesse patamar até a próxima safra”, afirmou. Segundo ele, o encarecimento nos supermercados do Estado foi de 10% a 15%, uma vez que o quilo está chegando a custar até R$ 2,70 em alguns estabelecimentos. “O pior é que não é só o arroz, mas vários produtos, os mais básicos, estão mais caros. Quem ganha um salário mínimo por mês não tem condições de arcar com aluguel, contas e uma feira cara como essa. Estou tendo que diminuir minhas compras, pois não dá para deixar de levar esse tipo de alimento”, opinou a aposentada Josefa Cardoso de Souza.
Já a vendedora Aparecida Duarte Guedes atribui a elevação dos preços à alta dos impostos. O arroz, que ela vende no Mercado Central por R$ 2,30, vem da região Sul. A saca de 30 kg, que antes ficava por R$ 48,00, subiu para os R$ 63,00. “Moro na Torre e venho até o Mercado Central em busca de preços melhores, porque lá chega a ser mais caro ainda”, reclama a consumidora Severina Bezerra.

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