sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Vida e Arte



Matéria do Jornal da Paraíba

Gonzaga - De Pai Para Filho estreia nesta sexta; confira horários

Do diretor Breno Silveira, longa que registra encontro de Gonzagão e Gonzaguinha estreia nos cinemas de Campina Grande e João Pessoa.

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Divulgação
Longa chega aos cinemas em pleno centenário do Rei do Baião
Estreia hoje, em cinco salas de João Pessoa e duas de Campina Grande, Gonzaga - De Pai Para Filho (Brasil, 2012), filme do diretor Breno Silveira (2 Filhos de Francisco) que chega aos cinemas em pleno centenário do Rei do Baião.

Confira as estreias e os horários nos cinemas de João Pessoa e Campina Grande. 
O longa que registra o encontro entre Gonzagão e Gonzaguinha entra em cartaz junto com 007 - Operação Skyfall (Skyfall, EUA, Inglaterra, 2012), nossa capa de ontem, prometendo repetir o sucesso estrondoso que registrou nas pré-estreias em Recife (PE), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
Pelo menos é o que espera Chambinho do Acordeon, um dos intérpretes de Luiz Gonzaga na cinebiografia.
O músico, que faz o seu primeiro papel no cinema, contou ao JORNAL DA PARAÍBA que viver o Velho Lua foi uma missão que lhe preocupou "muito mais como sanfoneiro que como ator".
"É uma responsabilidade que encarei em nome de todos os meus irmãos de instrumento", diz Nivaldo Expedito de Carvalho, que ganhou o apelido de 'Chambinho' quando tocava em bandas de pagode, no início de sua carreira. "Eu me doei para este filme, dei o meu melhor para viver o mestre Luiz Gonzaga".
Segundo Chambinho, sua relação com Gonzagão remeta à sua infância e a uma série de coincidências que acompanharam a trajetória deste filho de piauienses, "paulista por acidente": "Meu pai ouvia muito Luiz Gonzaga no rádio, e como o meu avô era afinador de sanfonas, passei muito tempo achando que Gonzagão era o meu avô", lembra que, em 1989, ouviu o disco Vou Te Matar de Cheiro e ficou "impregnado" do 'Xote Ecológico'.
Três décadas depois, em 2009, Chambinho do Acordeon gravava Revivendo Luiz Gonzaga, CD em que canta 25 músicas do ídolo.
Dois anos mais tarde, soube através da esposa Daniela que a produção do filme estava realizando testes para o elenco.
"Não me animei, mas a Daniela insistiu e enviamos um vídeo meu e uma foto com a sanfona no braço". A foto foi escolhida e Chambinho derrotou mais de cinco mil candidatos ao papel. "Só depois descobrimos que a foto era idêntica a uma que Luiz Gonzaga tirou mais ou menos com a minha idade", explica o músico de 32 anos, que para 'incorporar' Gonzagão teve a ajuda do preparador Sérgio Penna, que trabalhou com Rodrigo Santoro em Bicho de Sete Cabeças (2001) e Heleno (2011).
PARAIBANO NO ELENCO
A semelhança dos atores com seus respectivos personagens surpreende. Nanego Lira, ator paraibano que fez uma participação no filme, diz ter se assustado quando viu Júlio Andrade (Cão Sem Dono) transformado em Gonzaguinha: "Se eu não soubesse que Gonzaguinha está morto, eu teria confundido os dois", garantiu o ator do Grupo Piollin.
Nanego juntou-se ao elenco no último dia das filmagens, que começaram em dezembro de 2011. Ele foi chamado a uma locação em Saquarema (100 quilômetros do Rio de Janeiro) para interpretar Camilo, o dono de uma bodega de Exu (PE) onde Gonzaguinha 'afogou as mágoas' de sua relação com o pai.
"São duas cenas pequenas no contexto do filme, que é imenso e conta com um grande elenco", avisa o ator. "Em uma delas, Gonzaguinha fala mal do pai e, sem saber que ele é filho, o dono da bodega discorda, provando a generosidade de Luiz Gonzaga e o quanto ele ajudou o povo. No auge do sucesso, tudo o que ele ganhava ele dava para os outros".
Júlio Andrade divide a interpretação de Gonzaguinha com Giancarlo Di Tommaso, que está na pele do herdeiro do Rei do Baião em uma fase mais jovem. Di Tommaso contracena com Chambinho do Acordeon em uma passagem dramática, na qual pai e filho têm um dos seus primeiros conflitos: "Gonzagão tinha muitos problemas com Gonzaguinha, que era um cara rebelde.
Foi bem interessante trabalhar com o Chambinho. Foi o primeiro grande papel de nós dois no cinema", atesta o jovem, que também é diretor de curtas-metragens e fez uma ponta em A Suprema Felicidade (2010), de Arnaldo Jabor.
Giancarlo é todo elogios no que se refere à direção de Breno Silveira: "Ele é um mestre das narrativas e sua ideia de recorrer aos áudios originais gravados pelo Gonzaguinha nos ajudou muito na composição dos personagens. Acho o Breno muito bom no que faz".

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